segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Bem me quer, mal me quer.

Estava ela sentada, a beira da rua de sua vida, pensativa. Puxou uma flor e começou: "bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer, BEM ME QUER". "De novo só para confirmar, dessa vez ao contrário, Mal me que, bem me quer, mal me quer, bem me quer, mal me quer" "Droga!!"
Pensava ela alto, "mas ele escreveu, siiimm bem me quer, ou não, pois o telegrama não tinha endereço, ela sabia que corria esse risco. E agora? Bem me quer? Ou não?"

Estava segura do que sentia e já havia dito, telegrama lindo, escrito a finos sentimentos, mas e se não fosse para ela, eu lamento, pois era coisa bonita de se ler, dessas que enchem os olhos d'água, e que te fazem querer mais. "Bem me quer, mal me quer..." Pobre flores mudas que não podiam responder. Pensou ela, "não é justo ver flores morrendo de amor", e não era justo! Juntou suas pétalas perfumadas, e junto abriu um pequeno buraco, e em papel escreveu "Bem, eu, quero, muito, é querer de amor!" e enterrou todos juntos, esperando florescer sabendo que se fosse remetente alguma coisa ia lhe acontecer, muitas vezes enterra-se como defunto aquilo que pode florescer, ou não, apenas se tem o cuidado de regar, é possível que venha morrer, são pétalas e não sementes, ela estava despida de preocupação, queria florescer, mas sozinha não! Ela ficaria a espera, coisa que não a agradava nenhum pouco, não havia outra opção, ele corria riscos da flor murchar, e ela também, mas ela já tinha esgotado suas falas, bem queria lhe dizer alguma coisa, mas e se não fosse..., por isso e só baseada em fatos que lhe rodeiam, sentou-se a beira da esquina de sua vida e deixou que o poema lhe tocasse, e que se viesse endereçado, ou não.  Era emergencial, mas não havia muita expectativa, cansando-se.




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