Ela deitou sua cabeça sobre o travesseiro que cheirava a flor, suspirou profundamente e embora fosse passageiro desejou dormir rápido, tão intensamente, desejou não acordar mais! Fez suas orações como de costume e quando as lagrimas banharam o travesseiro colorido, suspirou e perguntou até quando, quando ia acabar? Como se o silencio de Deus respondesse toda suas questões, como se o silencio dEle fosse um sorriso; e não se pode dizer nada enquanto os lábios esticam, foi o que concluiu. Ele estava sorrindo e por isso não dizia nem fazia nada, com os olhos fitos estava.
E na doce imaginação de sua cabeça confusa ficou a imagem do sorriso bonito que ela imaginara, adormeceu, era passageiro, mais hora menos hora acabaria tudo, e de uma maneira ou de outra a solidão que muito doía ia acabar!
Quando adormeceu o sonho sorriu, e nada era como antes, eram sorrisos sonhados, gargalhados, era seu sonho, e ela não sabia mas estava sendo embalada nos braços do seu protetor, sozinha não estava, vivia seu redentor. Sozinha não andava, não sonhava, sozinha não estava quando clamava ao seu Senhor!