A lição é a seguinte, se você não sabe o que uma pessoa sente, não sabe o que carrega essa pessoa, então você não pode de maneira nenhuma tirar suas conclusões sobre essa pessoa, e Sheakspeare dizia que "só sabe como é uma dor quem a sente". Costumamos julgar as pessoas porque o comportamento delas nos frusta de alguma maneira, esperamos que elas sejam alguma coisa que elas nem sonham que projetamos para elas, não é culpa delas nossa projeção. Claro que não estou falando de pessoas que nos causam algum mal, não me refiro ao rapaz que trata a garota como um pedaço de carne, nem a moça que engana o sujeito e qualquer outro tipo de comportamento ofensivo, não; quando uma pessoa causa algum dano não é julgamento, é apenas a marca que aquela pessoa deixou na sua vida, e nem mesmo as marcas são definitivas, uma vez que todos nós podemos mudar de conceito se houver retratação.
Mas estou falando a respeito de quando alguém te diz algo, e de cara você tem uma opinião "isso frescura, é exagero, é mentira, é fraqueza". Digo isso por mim, a vida inteira sofri de uma patologia, por esse motivo, se eu consegui sobreviver, isso é frescura, cheguei a universidade, pensava eu, mas não conclui o curso de pedagogia, e descobri que eu não era só uma pessoa desatenta, ansiosa sem motivo, minha falta de concentração, minhas trocas estranhas de letras, e "impersistencias" nas minhas escolhas, eu tinha algo que poderia ser tratado, TDAH ou DDA, é o nome de um distúrbio que descobri em uma aula de psicologia e me julguei capaz de superar sozinha "as pessoas são fracas, eu não!" Mas depois de ter passado vários dias sem dormir, e não conseguir chegar a metade se quer de um livro, fiz testes e comprovei, decidi assumir, sou hiperativa, e tenho deficit de atenção, e descobri que embora não haja cura existe um medicamento que junto com a terapia diminui os sintomas e torna a vida das mentes inquietas mais tranquilas, sem diminuir a capacidade de criar e de ter esse pensamento eminente sobre tantas coisas simultâneas, a maioria das pessoas chega ao final desse texto, pensando exatamente como disse no início "isso é frescura", e esse é o X da questão, nossa dor não é maior nem menor do que a do outro, só é diferente, valorosas sejam as pessoas que sentem compaixão pela dor que não podem sentir ou dimensionar. Dê valor a todo mundo que sabe respeitar!