quarta-feira, 16 de abril de 2014

A SEMENTE

A juventude é como um ato falho, uma semente que lançada cresce sem saber porque.
A juventude é de fato a grande semente da vida, e a velhice são os juros, juros esse é o preço que a gente paga por não querer esperar; do exercício que eu não fiz, dos cuidados que eu não tomei e aqueles que demasiadamente impediram-me de agarrar o que algum dia desejei.

A velhice meus caros, é o agiota, que ameaça nossas vidas de morte, pela juventude que desfrutamos, sim, nessa vida nada é nosso, nem mesmo nós mesmos, nem mesmo nossa própria vida, tudo que vivemos ou desfrutamos é um empréstimo, tudo que semeamos um dia há de florescer. Aos que não se aventuram, não se fundem com os dias de mocidade, a esse lhes será pesado o prolongar dos dias, poucos são os que se deparam com o amor de verdade e o sabem reconhecer, eles se contentam no que lhes entregarem sem esforço nenhum oferecer, dão-se ao luxo de apenas viver por apenas viver, são aspas de refrão. Já o mundo é uma roda viva, que gira em torno de fases e estações, não defenda a natureza apenas, não pense que você não é parte dela, também é parte disso a sua vida, que não há excessivo valor, é mais uma semente terrestre, portanto defenda você, cuidado com seu jardim, não esqueça de plantar as sementes, nem de as regar, não esqueça da sua natureza, lembre-se sempre da sua natureza!

 Os dias que ainda não vivi, são estrelas que eu esqueci de contar, e momentos que não deu tempo de viver, romances que o tempo me proibiu de escrever, histórias que não contei, que jamais vão voltar, a vontade que senti, e calei, coisas que não fiquei sabendo, coisas que não contei pra ninguém, passaram pelas minhas mãos, irei eu algum dia me perguntar desses dias, dessas coisas, desses sonhos? Haverá juros sobre a liquota do percentual pequeno que desfrutei desses dias que não vivi, ou o tempo se encarregará de tornar os desejos mais profundos meras lembranças insignificantes, e de substituir aquilo que hoje é primordial e insubstituível?
Na dúvida eu não evito nada, apenas deixo o vento soprar sobre meus cabelos, e a brisa é a bússola, quero dizer as circunstâncias naturais nas quais estou inserida, as respeito, respeito a natureza, sobretudo, a minha!

segunda-feira, 14 de abril de 2014

SouRir

Chega de chorar que eu ja nasci pra fazer você feliz!
Teu sorriso pequeno do alto é veneno, 
E eu que não sabia que eu sempre fiz,
Doce menino, doce moreno.

Mas sorri e se sorriu já me fez rir,
Ficou contente,
mostrou seu dente,
E fui eu, 
Não sou prudente, e sai cantando a sorrir, você me riu por dentro.
Vem só rir!



Aspirei o escarro, espirrei.
Ascaridies lumbricoides
Aspargos 
Expurgos revolvidos 
De dentro mal resolvido,
Machucou, sem culpa!
Ascos, restou
Não uso aspas, não gosto.
Minhas cartas rasguei.
Nada importa, delay.


Disse nem sofro 
E sai por ai, sofri menos,
Sofrimentos, são as mentes
Mentem que sentem o que não sabem,
É estado que não estão, porque demonstramos? 
Masquei minhas palavras, engoli secas, era amor.
Havia muito que falar, calei. 
Cautela, meus amigos!

Há outro no travesseiro,
Há outra primeiro. 
Que prossigam, segue a vida, sobressalto suspeito,
Sacaneio, vou de sorteio,
Feliz o ano inteiro, 
Vou casar na praia do Rio de Janeiro, 
Morar na cabana da Cophacabana, 
Vai doer de tanto rir, vai morrer de ser feliz!