sábado, 24 de agosto de 2013

OS AMIGOS E OS FINAIS DE SEMANA

As pessoas esperam a sexta feira, argumentando cansaço do trabalho
No entanto elas não descansam
Vamos ser realistas, vamos encarar a verdade,
Os amigos dão sentido aos finais de semanas,
O que seria do famoso sábado a noite, se você não tivesse nenhum amigo?
E o domingo, qual a graça dos churrascos, das festas, das bebidas se não tiver amigo?
Mais do que isso, qual a graça da vida sem os bons, sem os verdadeiros amigos.

Amigos tem aqueles que são de verdade mas que permanecem em nossas vidas por um tempo
Outros a vida toda, e outros que até tentam sair mas a gente vai atras e não deixa o tempo ceifar o relacionamento.
Tem amigo que é mais que amigo, é irmão, sem laço de sangue.
Tem amigo que faladeiro, amigo que é quieto, amigo bravo,
Amigo que não tem nada em comum com você
E amigo que advinha seu pensamento, de tão parecido com você
Tem amigo que é só amigo, mas a gente queria que fosse mais que amigo,
Tem amigo que é amigo e que a gente sabe que ele gostaria de ser mais que amigo, mas a gente não.
Tem amigo que já foi mais que amigo, e não é mais, e tem amigo que vai se tornar mais que amigo.
Tem amigo que é quase uma conexão instantânea você conhece a pouco tempo mas parece que são amigos há anos luz
E amigo que você aprendeu a gostar
Tem amigo que mora longe, e continua amigo
Tem amigo que esquece de você porque começou namorar, mas você nunca deixou de amar
Tem amigo que muda de vida mas continua te ligar
Tem amigo que muda a sua história pra sempre
Mas tem amigo que deixa pra lá . . .

Tenho amigo de todos os jeitos, e dos meus eu não posso reclamar, são doces e sempre aparece algum quando a vida me faz chorar, a amizade é quase uma carícia de Deus, se não a própria.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A colheita dos anjos

Acordei como quem sonha com anjos, e os anjos não tocavam harpas. Os anjos tinham instrumentos desconhecidos, eles me ensinavam a tocar a vida. E fazer um som diferente.

Reguei as plantas e o cheiro da terra molhada deu vontade de chuva e de fé eu quase acreditei que era chuva de verdade, vislumbrei.
Uni os dois fatos que nada tem a ver com meu destino, se eu tiver os instrumentos celestiais para tocar a vida, basta regar as plantas que nascem no meu jardim, a chuva vem a seu tempo, e o cheiro, a beleza das flores sempre estarão lá.

Eu não posso mesmo reclamar da vida, uma vez que eu sempre tive um belo jardim, meu medo de colher os frutos, antes de estarem maduros ou podres sempre esteve lá, acho que foi a falta de ser de fato jardineira, falta de intimidade com a colheita, só me ensinaram a plantar. Um dia já no final da vida meu avô me ensinou que devemos regar as plantas depois que o sol se for, agora a vida sabiamente me ensina como colher sem me machucar com os espinhos, ou ao menos sem temer que eles me causem algum dano.


quinta-feira, 22 de agosto de 2013

SIBILOS

E o meu encanto é tanto, que o amor é insano, as rosas não falam.
As noites me calam, poderia eu resplandecer como o raio de sol que retine no espelho?
Não poderia, pois, do meu amor não falo
Guardo essa luz no fundo do peito, no receio,
Se acusada sou, sei que é desvaneio.
Mas do amor não pleiteio, não concorro a vagas
Sou escolhida e única ou simplesmente não  o sou                        
E então recolho meu amor, para em outras cenas
Estrear com resplendor          

Dos carinhos não oferecidos, das receitas esquecidas
Das serenatas não cantadas, dos planos envelhecidos
E o tempo que de sonho foi perdido; embora breve
Das orações para proteger-te, agora entregues
Dos presentes não abertos, das brigas não discutidas
E das virtudes que achamos, os sorrisos gastos e ganhos, das fotos que nunca tiramos.
As grandes pinturas que não pintamos

Sem drama, sem dores, deixando o barco ir conforme a corrente levar
Me despeço, não da decisão de meu livre arbítrio; a sua
O amor saberá de novo florescer, o afeto que por vezes eu conhecer, mas desse desencontro vou sempre lembrar
Mais do que todos os outros encontros que aconteceram de acontecer
Como poesia que por inteiro não sei recitar,
Vou sorrir docemente e lembrar como seria bonito se tivesse de sido, se a gente tivesse vivido, se tivesse de ser...