As pessoas dizem que se amam, mas passam a vida empenhadas em mudar o seu objeto de amor, sim objeto, porque do jeito que elas se possuem, só posso denominar dessa forma. Razão pela qual estou desacreditando no amor. Se eu amo chocolates, eu amo o cheiro, a aparência e principalmente o sabor, sei que ele possui óleo e pouco importa, consumo sem reclamar, ou não consumo. Mas nós os seres humanos, capazes de nutrir sentimentos, ou atitude que é o que creio que seja o amor, não somos feitos ao consumo e sim ao mutualismo, e afinal não há remédios contra as divergências de personalidades e ambições, nenhum paliativo que possa amenizar essa busca, concluo nesse breve excerto sobre a manipulação, que o que falta não são pessoas boas ou aptas para se amar, e sim, aceitação entre elas, se ela existisse os opostos poderiam se atrair e conviver felizes para sempre. Quanto ao pra sempre deve ser relativo a felicidade não acredito que haja sem o amor, e o amor por sua vez é um pacote que fornece condições necessárias para convívio, e molde entre ambos.
sexta-feira, 10 de janeiro de 2014
quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Fosse minha
Meu quarto é minha masmorra,
Um refúgio sem igual, quando nele me aposento me preservo no alento,
Nele entro o mundo fica irreal,
E por mais que alguém invada nunca mergulha como eu no tal,
Quando estou aqui o mundo que se foda,
Durante anos afoguei magoas aqui dentro, ninguém ficou sabendo.
Da morada quero outras
Pra poder me acomodar onde eu tenha grande espaço,
Sem paredes desabar,
Com barulhos de dobradiça,
Persiana na janela pra no escuro descansar,
E chão de areia movediça pra tristeza afundar,
Com janelas bem grandonas, pra de dia o sol entrar,
Ver colinas de paisagem com um amor admirar.
E portas bem abertas a quem quiser vir visitar,
Se eu não guardo nem dinheiro, pra que magoas vou guardar?
Um espelho bem grandão, pra não esquecer dos meus defeitos
E uma calculadora pra somar meus feitos
Que os outros vão cobrar.
Nas tardes frias cobertor,
E nas quentes uma rede pro amor,
E o chão da rua eu vou mandar ladrilhar que pra ver se você vai passar!
Um refúgio sem igual, quando nele me aposento me preservo no alento,
Nele entro o mundo fica irreal,
E por mais que alguém invada nunca mergulha como eu no tal,
Quando estou aqui o mundo que se foda,
Durante anos afoguei magoas aqui dentro, ninguém ficou sabendo.
Da morada quero outras
Pra poder me acomodar onde eu tenha grande espaço,
Sem paredes desabar,
Com barulhos de dobradiça,
Persiana na janela pra no escuro descansar,
E chão de areia movediça pra tristeza afundar,
Com janelas bem grandonas, pra de dia o sol entrar,
Ver colinas de paisagem com um amor admirar.
E portas bem abertas a quem quiser vir visitar,
Se eu não guardo nem dinheiro, pra que magoas vou guardar?
Um espelho bem grandão, pra não esquecer dos meus defeitos
E uma calculadora pra somar meus feitos
Que os outros vão cobrar.
Nas tardes frias cobertor,
E nas quentes uma rede pro amor,
E o chão da rua eu vou mandar ladrilhar que pra ver se você vai passar!
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Lições de uma viagem
Sofri mudanças nesses últimos 10 dias, minha pele está mais escura, meu cabelo está mais claro, meus olhos estão mais brilhantes, trouxe na mala um tantão de saudades, outro bocado de experiências, e algumas novas amizades.
A bagagem mais importante e mais valiosa de uma viagem é a experiência, ela que nos impulsiona para evolução.
Mas a maior mudança foi a mentalidade, já não sou mais eu, enterrei na distância aquela velha pessoa que fui. Estava eu bem duvidosa, quando a cigana olhou na menina dos meus olhos e me perguntou: "Não acha que o fato de tudo estar dando errado é um aviso de Deus, para você não ir?" Eu fitei os olhos dela e respondi no impeto : "Eu quero arriscar"!!!
Fui temorosa com todas as impossibilidades diante e mim e com todas as coisas que eu havia ouvido daquela mulher. Mas fui.
Lá estava eu, nada arrependida, olhei pro mar, e perguntei: Deus, eu sempre respeitei os teus sinais, e... o que há de errado?
Sosseguei, com as águas na cintura, muito depois eu pude perceber a resposta, veio da observação.
A vida bem como o mar, sempre vai te empurrar para superfície, isto é, se você estiver parado na parte rasa a tendência é se acomodar na mesmice de estar a margem, os acomodados que nunca se atrevem a correr os riscos que a vida oferece, sempre na zona de conforto, mas lá não acontece nada, não há grandes descobertas, nem grandes belezas, nem ótimos relacionamentos, há apenas o que todos tem, pessoas comuns, relacionamentos iguais, frustante. E então o companheiro de viagem me disse: vamos mais adiante, demos alguns passos a agora a água estava no meu colo, e então um mergulho, as profundezas me ensinaram que submerso você não está livre do perigo, mas sim do conforto, as ondas continuam sempre arrastando para beira, mas não é tão fácil, quando você sai do raso você se torna mais atento e por isso menos vulnerável, na superfície eu perdi coisas valiosas, porque eu não precisa me preocupar, mas a onda acabou levando...
E assim é a vida, se você caminha somente nas possibilidades, então você acaba se limitando, não existe esse negócio de era ou não era pra ser, era pra ser toda vez que você for atras de alguma coisa, todas as vezes que você quiser que seja então era pra ser, se você se empenha em algo, vai atras, então a coisa acontece, e se não acontecer então é porque simplesmente você nadou contra corrente, sem submergir, eu passei bons anos acreditando nisso de não era pra ser, ou nos sinais da vida e de Deus, mas Deus quer que a gente esgote todo nosso folego naquilo que acreditamos, sonhamos e precisamos. E é só isso!
Mas muita atenção, cuidado para não mergulhar com vontade na superfície, já fiz isso também. Depois de todo esse ensinamento me ajoelhei beira mar o sentimento de gratidão era imenso.
E agora tudo está mudado aqui dentro, me dou devido valor, e não perco mais tempo. Vou com todas as forças naquilo que eu quiser, e não regresso as causas perdidas, agora é só evoluir.
E se depender de mim eu vou até...
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