quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Se eu morasse no filme de romance

(Natália Garabini)

Eu gostaria que tudo fosse como nos filmes, a primeira coisa que eu queria era ter um cantinho na cidade quando eu estivesse lá, e que só a pessoa que eu mais gostasse no mundo fosse lá me encontrar pra desfazer  qualquer mal entendido. Gostaria que as injustiças fossem desfeitas no final, que os vilões fossem revelados, e que só que os bons fossem honrados publicamente, gostaria que as pessoas pedissem desculpas e fossem sinceras de verdade, e também gostaria de ser exatamente igual a mocinha principal do filme, Exuberante sempre até quando chove, ou quando acorda em meio a indisposição matinal, e ter um mocinho e um vilão pra ficar em dúvida entre os dois e no final descobrir o óbvio, o mocinho sempre esteve lá. Mas principalmente a garantia que no final tudo vai dar certo, e do jeito que você sempre sonhou, e mais ainda depois que tudo desse certo as pessoas nunca mais iriam assistir sua vida comendo pipoca, sua vida viraria um conto de fadas, mas ninguém mais comentaria.

Pra ser bem honesta, eu discordo de tudo que falei, pois eu jamais suportaria a monotonia de saber que resultado a vida me daria.
Embora muitas vezes eu não durma, e a ansiedade me consuma, meu amanha já foi planejado e arquitetado por meu Deus, em quem eu tenho confiado.
Por gentileza  tenha a fineza de não me cobrar, se por acaso não souber me interpretar, por favor se cale e observe a minha vitória aos poucos chegar. 
Tá bom isso parece absurdo, mas na verdade não discordo de tudo, gostaria ainda de ter um local na cidade onde me encontrar e onde ser encontrada, seria o mesmo local onde eu iria me refugiar.
Se eu morasse no filme de romance, distante de Deus eu estaria, certamente no final, de tédio eu morreria!





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