Supliquem a Deus por alguma canção que toque um distante coração
De não saber onde está, está no meu pensamento, pensar
Os ventos que sopram me tocam como um tecido suave sobre o corpo, num sopro
Sem dono viajo, me eternizo e viro de foto em foto, sorriso.
Pra encontrar, e provocar os lábios serenos, de um moreno.
Escalo muralhas e venço batalhas,
Desejo apenas viver de paixão,
De amor que acalma, bocejo de alma,
De sentimento que move, que evolui e promove
Que sucumbi todo ser, como as marés altas engolem a praia
Sem consumir por completo, leve como brisa balançando minhas saias,
E forte como as rochas solidificadas pelo tempo na união dessas mesmas areias e ventos.
Como passeio de gatos pela noite, caminho nas ruas sem pressa, sou paisagem.
Vendo miragem, nos átomos que espalhados pelo ar cruzam minhas narinas
Que me fazem lembrar, que era noite de primavera,havia cheiro e eu era Cinderela
No baile a rodopiar, e que não perdi sapatos, mas deixei por ali ficou meu pedaço.
Que pode parecer prolongado, mas é desse embaraço que me inspira a arte,
E descrevo levianamente sobre ele, mas não falei com ele, e nem ele.
Não sente a distancia, como sinto, não minto, sou tímida quando com esse.
Mas dos outros não, minha poesia sem nenhuma necessidade, nunca traiu ninguém, é cheia de fidelidade.
É uma música com o bit apitando, equilibrando o compasso, e mostrando que tudo tem seu fim,
É mais que um cansaço de não falar só sobre mim, mesmo sendo unilateral e nada persuasivo.
E nisso que vivo, é por agora, não tem cobrança, e não tem hora.
Portanto avisem os guardas da cidade, que essa noite só eu e a lua, dançaremos nuas
Cantaremos pela rua,
E amanhã, deixa alvorecer dia contente, pra todo mundo saber que sou louca mas que apesar de todos meus distúrbios sou apenas gente!
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