terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Finitude de mim

Com é que a gente faz, pra saber o que faz?
Depois de um dia cansado, argumento pesado, que se vai o ensolarado, que se cala a voz do poeta, depois do depois?
Valha-me Deus, se já difícil saber do agora pendente, como é que faz pra saber o que fazer da vida da gente?
Tenho medo de fim, acho que por isso acabo nunca terminando nada, é por isso que sou inacabada, e sempre estou começando. Vivo num gerundismo infinito, coloco, vírgulas, pontos de exclamação, ponto e virgula, ponto final eu coloco também, mas já começo outro parágrafo, rapidão, também quando começo outro parágrafo não volto atras, sou do tipo que demora mas ai de mim se eu falar nunca mais, admito que sou covarde e não obedeço minhas próprias regras que, nem mesmo essas que acabei de descrever. É um medo insano esse de te perder, sem saber que o que tenho, é o não ter.

Estou a meses de mais um fim, e é estranho pra mim, saber que já esta programado um novo começo, é uma mistura de ansiedade de chegar, com vontade de aproveitar tudo que a vida me der chance nesse curto resto de ciclo, nesse resto infinito de dia bonito, no inseguro de saber que há finitude, desejo plenitude no espaço do tempo que resta. Desejo teu tudo, ok, não sei me despedir.

Não me findo em mim, vou além do mais de parecer, sou necessidade. Vou até onde eu não aguento mais e ainda continuo, vou até onde alcanço e prossigo, sem pausa corro, e vez por outra mudo de caminho e não volto mais, sou uma bagunceira de dentro pra fora e de fora pra dentro, sou tudo e nada, mas não meio termo, sou aventureira e se bem acompanhada, topo qualquer parada, muito fácil de conviver e muito difícil de entender. Oh Cristo me salva de mim, me salva do fim!




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