quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O amor e a chuva

A chuva cai de mansinho, quando chove é gostoso ouvir o barulhinho e sentir o cheiro molhado que tem chuva que cai no telhado. Que nem amor que vem de mansinho, exalando o cheiro suave.

É bom amor e chuva juntos. É bom amor tranquilo, que te molha que nem garoa e te deixa descabelada numa tarde de primavera.

Mas paixão é que nem temporal, é perigosa, desaba tudo leva as telhas, não tem dó de ninguém, paixão é chuva forte, raios e trovão, dá medo, porque vem com força, e fazem um estrago por onde passam, e pior não costumam durar muito tempo.

Mas o amor, ah o amor! O amor é aquele dia que vocÊ fica na cama até mais tarde ouvindo os pingos na janela, ai você levanta e senta na varanda, e olha pro nada por muito tempo satisfeita em existir. O amor preenche a vida que nem dia de chuva, que te impede de sair, que te deixa trancado ali, mas quem sabe curtir, esquenta um chá deita na rede e consegue o simples e suave som ouvir. Quem não ama fica sem entender e reclama do dia, quer sair, porque na verdade quer achar um amor pra um dia também sossegar, e também ficar afim de dia de chuva de chuva fresquinha.

O amor é virtude do forte, que toma coragem pra dizer o que sente, características dos descentes que largam tudo pra melhor sentir, e presente dos persistentes que apesar de todas as diferenças estão sempre a insistir.

Amor não devia rimar com calor, devia rimar com chuva, com abraço, com sorrisos, com amigos.

Amor e a chuva, duas coisas que só Deus pode nos dar, mas que só pode saborear quem sabe desfrutar.



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